sábado, 4 de julho de 2009

Vida Parte V

Vou então continuar com a narrativa da minha vida.
Em 1999, para celebrar o 1º aniversário de casamento, fomos passar um fim de semana em Sintra e Cascais. Como em todas as datas que nos marcam gostamos de estar com amigos, lá fomos nós, a Manuela, a Lurdes e o Zé Horácio, foi um fim de semana para sempre ser recordado e muito divertido. A escolha do Hotel para passarmos a noite foi hilariante, pedimos indicação a uns Policias que estavam na zona da Baía de Cascais, sobre um bom Hotel por ali, e eles muito prestáveis indicaram-nos um, que de momento não lembro do nome, quando lá chegamos desatamos a rir, a Manuela e o Porfírio arriscaram a ir ver os quartos do Hotel, enquanto nós ficamos a aguardar na recepção com a sensação que tínhamos entrado numa pensão de uma estrela, o cheiro a mofo era demais. Quando eles desceram fomos para fora do Hotel e não paramos de rir, aquilo era um horror.
Tentamos outro e o lugar era bastante agradável, decidimos ficar. Na manhã de Domingo ao levantar fomos tomar o pequeno almoço que era incluído no preço e outra vez gargalhada geral, ainda me lembro da cara da Manuela para o empregado "o pequeno almoço é leite e pão com manteiga ?" ao que ele diz "sim, e só é servido até ás 10h00.", desatamos a rir e fomos conhecer Sintra, valeu a pena todos aqueles percalços, pois foi um fim de semana de puro divertimento.

No ano 2000, vimos a nossa felicidade ser muito abalada com a morte do Sr. Oliveira em 23 de Junho, curiosamente ou talvez não antes do dia 06, quando eu lhe falava em celebrar o 2º aniversário de casamento ele olhou para mim e disse "este ano ninguém festeja nada.", esse ano ficou marcado por uma imensa tristeza e uma grande alegria, em Julho engravidei do Bernardo, pois após a tragédia que se abateu sobre o Porfírio, decidimos ter um filho.
Foi instantânea a gravidez, mas só em Agosto descobri o meu estado,estava de férias na Póvoa de Varzim e sentia um mal estar constante. Há coisas inexplicáveis, um dia na praia um menino ao jogar bola, deu-me com ela na barriga, logo a minha comadre lhe disse " tem cuidado com a bola, esta senhora está grávida.", rimos da cara aflita do menino, depois recebi a visita da minha mãe que ao ver-me fez um reparo "minha filha estás com muita má cara. Isso não serão "unhas" ? Eu fiquei admirada e disse não, não pode ser. Um dia estava sozinha na Póvoa o Porfírio veio a Joane e eu e a minha comadre Manuela fomos almoçar juntas a casa dela, onde estavam os pais dela, a Dnª Eulália fez uma massa e uma salada com tomates muito maduros, ora eu não gostava de massa, muito menos de tomate maduro, e quando dei por mim comi um prato de massa e podem não acreditar mas da salada de tomate, não sobrou um só pedaço para a Manuela. Após este "incidente", pensei que algo estava errado e resolvi fazer o teste de gravidez, e POSITIVO !!! Chorei não sei se de alegria ou de medo, foi uma mistura de sentimentos.
Depois da tragédia uma alegria para o Porfírio. Em Abril de 2001 ás 17h00 no Hospital de Santo Tirso, nascia o MEU FILHO Bernardo.
Ainda hoje lembro o parto, enquanto a anestesista Drª. Margarida falava comigo (pois estive sempre acordada )a minha ginecologista Drª Margarida Cruz, trazia ao mundo o Bernardo, não senti absolutamente nada, só quando mo entregaram dei conta que já havia nascido. Foi um momento mágico ele com a boquinha apertava a minha face e eu chorava, chorava e recordo perfeitamente da Drª Margarida (anestesista) me secar as lágrimas com algodão.
Depois da recuperação própria de uma cesariana (muitas dores), adormeci, quando acordei levei um susto... um "Porfírio" em miniatura olhava fixamente para mim.Olhei para o outro lado e lá estava o Pai Porfírio, eram iguais !!!
Já mais recomposta do parto e do "susto", liguei ao meu Pai e disse-lhe: - Pai tenho aqui ao meu lado a sua prenda, parabéns. Só ouvi o choro de um avô babado com o facto de neto ter nascido no dia do seu aniversário. Ainda hoje o amor entre eles é inexplicável.



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